O comportamento do consumidor de turismo vem mudando e, com isso, surgem novas motivações de viagens e expectativas que precisam ser atendidas. Em um mundo globalizado, onde se diferenciar adquire importância a cada dia, os turistas exigem, cada vez mais, roteiros turísticos que se adaptem às suas necessidades, sua situação pessoal, seus desejos e preferências.
A segurança no turismo de aventura é uma função complexa que envolve pessoas (tanto os clientes ou usuários quanto os prestadores de serviços); equipamentos; procedimentos; sistemas de gestão das empresas prestadoras dos serviços; dispositivos legais e sistemas de fiscalização e controle existentes em cada município; articulações e logísticas locais disponíveis para buscas e salvamentos e atendimentos médicos; fatores relacionados com o clima; e, evidentemente, os perigos existentes em cada atividade associados às condições naturais (topografia e variações meteorológicas, principalmente) do ambiente onde se realizam as atividades das diferentes modalidades de aventura.
Compreender que as atividades de aventura sugerem exposição a determinados riscos pessoais e materiais que podem variar de intensidade conforme um grande número de fatores significa entender que a segurança é um dos requisitos imprescindíveis para a realização dessa atividade. Isto é, ao se submeter a um programa de Turismo de Aventura, ainda que assumindo os riscos, esse consumidor espera não enfrentar perdas materiais, psicológicas ou físicas.
Assim, a Bellé Engenharia realiza trabalhos de inspeção nos mais diversos equipamentos deste ramo, com os trabalhos já realizados, foram eliminadas as principais causas de ocorrências em atividades de maior risco como erros de procedimentos e falha dos equipamentos. Neste caso as falhas têm sido em parte decorrentes de erros de procedimentos que provocaram sobrecarga nos equipamentos.
O turismo de aventura é uma atividade que envolve riscos. Embora qualquer tipo de turismo também os envolva, no turismo de aventura o risco controlado é uma das características da atividade. O controle destes riscos deve ser implementado em todos os pontos críticos como, por exemplo, na capacitação dos condutores, no planejamento dos roteiros e nos equipamentos propriamente ditos.
Alguns tipos de atividades de aventura inspecionadas
Tirolesa
A tirolesa é uma atividade esportiva de aventura originária da região de Tirol, na Áustria. Consiste em um cabo aéreo ancorado entre dois pontos, pelo qual o praticante se desloca através de roldanas, conectadas por mosquetões a um arnês (espécie de cadeirinha confeccionada com cintas, utilizadas em atividades relacionadas a montanhismo).
Com segurança adequada, tal atividade permite ao praticante a sensação de sobrevoar o terreno, vislumbrar a paisagem e fazer parte de um cenário em meio à natureza sem exigir esforço físico. Pelo fato de proporcionar adrenalina e emoções aprazíveis ao usuário, juntamente com o contato direto com a natureza, esta prática vem crescendo em circuitos turísticos na região da serra gaúcha.
Canopy
Percorrer a floresta em alta velocidade e visualizar a sua magnitude sobre outros ângulos fazem do Canopy um dos esportes mais emocionates e divertidos do ramo.
O Canopy consiste na arte de deslizar na altura das copas das árvores, entre uma plataforma e outra por meio de cabos de aço, onde você fica conectado com mais da metade da flora e da fauna, pois é nas alturas que vivem grande parte dos animais e plantas do ecossistema da Mata Atlântica. Percursos desta modalidade são raros, mas apresentam aventura, emoção, exclusividade e desafios, com trechos que podem alcançar mais de 90m de altura.
Arvorismo
O arvorismo é uma recente prática esportiva de aventura. Consiste na travessia de um percurso suspenso entre plataformas montadas na copas das árvores. Esse percurso é preparado de maneira estratégica, utilizando cabos de aço e cordas, com o objetivo maior de aumentar o desafio e a adrenalina dos aventureiros. Pode ser necessárias tirolesas ou outras formas de superar os obstáculos. Não é necessário ser atleta para praticar o arvorismo, mesmo porque o percurso é acompanhado por monitores.
Rapel
Rapel é uma atividade vertical praticada com uso de cordas e equipamentos adequados para a descida de paredões e vãos livres bem como outras edificações.
Trata-se de uma atividade criada a partir das técnicas do alpinismo, o que significa que requer preocupação com a segurança do praticante. Este deve ter instruções básicas e acompanhamento de especialistas.
São utilizados diversos equipamentos diferentes para cada necessidade. É preciso estar atento a cada detalhe, revendo todos os pontos sempre. Redundância é um fator de segurança.
Escalada
Escalada é uma técnica esportiva cujo fim é atingir o cume de uma parede rochosa, de um bloco ou de um muro de escalada. O terreno vai de alguns metros para o bloco ou o muro de escalada, até a centenas de metros para as paredes rochosas. Esta técnica também pode ser utilizada no alpinismo segundo as dificuldades encontradas no terreno.
As inspeções somente são exigidas nas estruturas artificias de escaladas, este tipo normalmente é construído em madeira ou betão, e empregados como local de treino, ou em parques.
Itens específicos que compõem as inspeções
• Inspeção em campo (testes, exames e ensaios práticos, em todos os pontos estruturais e equipamentos);
• Recomendações e avaliações de procedimentos operacionais e generalidades;
• Laudo Técnico em forma de relatório, é descrito cada atividade com todos os procedimentos operacionais, equipamentos utilizados, características técnicas, sugestões de melhoria, criação de programa de manutenção e relato de toda a inspeção em campo;
• Abertura de livro de inspeção, onde são documentados e descritos todas as atividades de manutenção, inspeção ou alteração referente a cada equipamento;
• Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), registrada no Conselho de Engenharia e Agronomia (CREA) do estado do Rio Grande do Sul.
Vantagens
• Minimizar riscos de acidentes;
• Garantir a segurança dos brinquedos no ponto de vista técnico;
• Obtenção de relatório de inspeção e conformidade técnica;
• Atendimento a requisitos legais;
• Evidência técnica e legal de que a empresa está comprometida com a segurança de seus clientes.
Normas de referência
• ABNT NBR 15926 – Equipamento de Parques de Diversão;
• ABNT NBR 15331 – Turismo de Aventura – Sistemas de Gestão da segurança – Requisitos.